Até o final deste ano, a gravadora EMI e a fabricante de pendrives e cartões de memória SanDisk devem fechar acordo para o lançamento de álbuns de música brasileiros em pendrive, confirma o gerente de novas mídias da companhia, José Pena. “A idéia é passar uma experiência nova com a música”, afirma o executivo.
Recentemente, a empresa lançou um bracelete USB do ex-Beatle Ringo Starr. Com memória de 128 Mbytes, o dispositivo vem com músicas, fotos e ringtones do artista.
No Brasil, a venda de CDs caiu mais de 16% desde 2000, segundo dados da ABPD (Associação Brasileira dos Produtores de Discos). Por isso, as grandes gravadoras estão investindo em música digital avulsa (ver pág. F4) e buscando formatos que ofereçam adicionais, como fotos e vídeos.
Assim como a EMI, a Universal e a Warner confirmaram o lançamento de álbuns nacionais em dispositivos portáteis para o ano que vem, e todas utilizarão a proteção de conteúdo DRM, que limita o número de cópias. “Não posso dizer quais serão os artistas, mas os álbuns deverão chegar depois do carnaval”, revela Gian Uccello, gerente de novos negócios da Warner.
Apesar de os planos da Universal para músicas nacionais serem para 2008, singles USB da banda Keane e de Nicole, cantora do Pussycat Dolls, foram lançados na última segunda-feira. Segundo o site Times Online (www.timesonline.co.uk), eles serão vendidos por 4,99 libras, enquanto um CD single custa 2,99 libras.
Em junho deste ano, a dupla norte-americana White Stripes lançou o álbum “Icky Thump” pela Warner Music em pendrives de 512 Mbytes com a caricatura de Meg e Jack White, que foram vendidos a US$ 57,50.
Sem DRM
A gravadora brasileira Azul Music (www.estiloazul.com.br) também está em negociação com uma fabricante de eletrônicos para o lançamento de álbuns de new age em tocadores de MP3 e pendrives no próximo ano, informou Laurent Fleury, gerente de novos negócios da companhia.
Segundo ele, as músicas não serão protegidas por DRM. “Esse sistema estava impossibilitando as pessoas de usarem as músicas planamente. Além disso, é uma tecnologia que aumenta o custo das canções e é facilmente quebrada.” Para Fleury, o melhor meio de combater a pirataria é baixar o custo para poder oferecer um preço competitivo.
Fonte: Folha Online
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